Reduzir custos logísticos é um dos maiores desafios do e-commerce brasileiro, mas a aparente economia ao contratar transportadoras mais baratas pode custar caro para as empresas. Um levantamento da Total Express mostrou que ao optar apenas pelo menor preço no frete, as empresas podem enfrentar prejuízos até dez vezes superiores à economia inicial.
De acordo com o diretor de Estratégia Comercial da companhia, Fernando Magnoler, o e-commerce brasileiro ainda trata o frete como um custo a ser cortado, quando, na verdade, ele é um ativo estratégico. “O barato no transporte pode custar caro demais, não só no bolso, mas na reputação”, explicou o executivo.
Dados da PwC revelaram que 72% dos consumidores abandonam uma marca após duas experiências ruins de entrega e um estudo da Narvar (EUA) apontou que o custo médio de uma devolução pode chegar a 30% do valor do pedido.
“Cada reentrega, cada reclamação e cada cliente perdido formam uma conta invisível que corrói o lucro das empresas. É o iceberg do frete barato: o preço que se vê é só a ponta”, disse Magnoler.
O estudo conduzido pela Total Express apresentou uma análise comparativa mostrando que transportadoras com preço muito abaixo da média têm o triplo das reentregas e taxa de reclamações até 20 vezes maior.
Esses fatores, somados a reembolsos, trocas, logística reversa e perda de clientes, configuram um conjunto de despesas que comprometem a lucratividade e a imagem da marca. Na prática, o custo oculto do “frete barato” pode adicionar R$ 1,19 por pedido.
“Frete é experiência. Ele é a etapa final da jornada de compra e o primeiro contato físico do consumidor com a marca”, reforçou a gerente de Pricing da Total Express, Mariana Faria. “Quando a entrega falha, o consumidor não reclama só da transportadora, ele culpa a loja. Investir em qualidade logística é investir em confiança, e confiança é o que garante recompra e reputação. Nossa missão é mostrar ao mercado que investir em qualidade logística também é investir em crescimento sustentável.”
Fonte: Mundo Logística